Pesquisa realizada durante a 2ª Colônia de Férias aponta tendência ao excesso de peso em adolescentes de Naviraí
- Redação:Assessoria de Imprensa
- Publicação:13 de agosto de 2018
- Orgãos Municipais:- Educação
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Uma pesquisa realizada durante a 2ª Colônia de Férias organizada pela Gerência Municipal de Educação da Prefeitura de Naviraí apontou uma tendência ao excesso de peso em adolescentes do município.
As informações foram obtidas pela nutricionista Tatiana Ferreira, Nutricionista Responsável Técnica Alimentação Escolar e Aline Costa de Souza Estagiária de Nutrição. Segundo as pesquisadoras o estado nutricional de crianças e adolescentes representa a condição de vida de uma população e indica sua perspectiva de vida e saúde.
Foram avaliados um total de 434 alunos, com idade entre 1 e 18 anos, sendo 49% do sexo masculino e 51% feminino. Os resultados obtidos de classificação do estado nutricional estão apresentados na forma de gráfico e foram divididos em três grupos de acordo com a idade: Pré escolares, Escolares e Adolescentes.
Segundo Tatiana foi realizada a aferição do peso corporal, altura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O índice antropométrico utilizado foi o IMC por idade (IMC/I) segundo escore z. Estes índices são adotados pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde.
“Considerando a classificação do estado nutricional, mais da metade dos participantes apresentaram diagnóstico nutricional dentro da faixa de normalidade. Entretanto, o excesso de peso apresentou uma alta proporção para os adolescentes, essa característica marcante corrobora o processo de transição nutricional, fenômeno observado praticamente em todas as populações do mundo”, explicou a nutricionista.
Dados do Ministério da Saúde revelam o aumento progressivo do excesso de peso no Brasil, segundo o levantamento de dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), uma em cada cinco pessoas no País está acima do peso. O que se torna mais preocupante é que além de sua elevada prevalência, a obesidade quando diagnosticada ainda na infância tem adquirido grande significância, pois tende a persistir e se agravar na vida adulta associando-se a diversas doenças crônicas. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta, anualmente, R$ 488 milhões com o tratamento de doenças associadas à obesidade.
Ainda para Tatiana frente a esse panorama, fica clara a necessidade de se adotar medidas para estimular práticas e atitudes educacionais prevenção e conscientização sobre o assunto. “As interpretações dos resultados e levantamentos das possíveis causas do quadro, que em princípio só podem ser especulativas e, apesar de não terem gerado informações sobre a causalidade do problema, indicam a necessidade de alguma intervenção, diminuindo-se assim as morbidades e mortalidades dessas crianças no futuro que acarretaram em milhões de investimentos na saúde pública”, finalizou.