Com apoio da Prefeitura, Agepen leva projeto de Educação Indígena aos internos da Penitenciária de Naviraí
- Redação:Junior Lopes/ Assessoria de Imprensa
- Publicação:8 de abril de 2024
- Orgãos Municipais:- Educação
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A AGEPEN (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso o Sul), com apoio da Prefeitura de Naviraí, por meio da GEMED (Gerência Municipal de Educação) via Projeto Educação Indígena Apoio Intersetorial, está executando o “Projeto Tembiaporã: Che Añekambia”, que teve início no dia 03 de abril e é destinado aos 37 indígenas internos da Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí, iniciativa fundamental para suprir essa lacuna e proporcionar um espaço de aprendizado e valorização da cultura indígena dentro do ambiente prisional.
A aula inaugural do projeto contou não apenas com a presença da equipe multidisciplinar, mas também com a participação do diretor da Penitenciária de Naviraí, Jonas dos Santos Ferreira, o Assistente Social Evandro Charão Machado e também o rezador da etnia Guarani Nhandeva, Sinforiano Domingues, reforçando o compromisso das autoridades locais em apoiar iniciativas que visam à ressocialização dos internos e à promoção da diversidade cultural.
Com duração permanente e contando com aulas semanais às quartas-feiras no período matutino, o projeto é pioneiro no Brasil. A equipe multidisciplinar responsável pela sua execução é composta por um professor indígena, um assistente social e um acadêmico do curso de Ciências Sociais da UFMS, campus Naviraí. A equipe busca proporcionar um ambiente propício para o ensino da língua materna Guarani Kaiowá e valorização da cultura, visando resgatar a identidade dos internos e promover sua reintegração social.
O projeto é um passo importante na construção de um ambiente prisional mais inclusivo e no fortalecimento da identidade indígena dos internos, contribuindo para sua reintegração na sociedade após o cumprimento de suas penas. Alguns dos internos indígenas estão na unidade prisional há mais de 08 anos e ao se tornarem presidiários, deixam de ter acesso às ações culturais de suas comunidades e perdem a oportunidade de falar sua língua materna devido à falta de contato com seus parentes indígenas.